Somos desejosos que as pessoas honrem seus líderes e sirvam à Deus com excelência no lugar onde o Todo-Poderoso às tem colocado. Não buscamos "pescar" no aquário alheio, afinal Deus não é glorificado dessa forma.
Queremos alcançar aquelas pessoas que estão perdidas, desorientadas, sem perspectiva de fé e sem igreja. E sempre que uma pessoa decide se achegar à nossa igreja, o nosso coração se alegra!
Entender as doutrinas e a direção ministerial da igreja são fundamentais para que qualquer pessoa possa iniciar sua caminhada de crescimento em nossa comunidade de fé, por isso é importante conhecer o conteúdo desse site, tirar dúvidas e pedir orientação à Deus.
É nossa responsabilidade, tornar público, baseados em nosso estatuto de organização, os requisitos mínimos para que uma pessoa se torne membro de nossa igreja.
As pessoas podem ser admitidas como membros da Igreja Batista Aliança através de:
1) Profissão pública de fé e batismo por imersão;
2) Carta de transferência de igrejas batistas filiadas à Convenção Batista Catarinense e/ou Convenção Batista Brasileira;
3) E ainda por aclamação (pessoas oriundas de outros grupos denominacionais).
Serão admitidas pessoas de ambos os sexos, de qualquer nacionalidade, raça, condição social ou política que:
a) Aceitem voluntariamente e sem qualquer contestação as doutrinas bíblicas da igreja;
b) Tenham o estado civil regularizado nos termos da legislação em vigor, quais sejam: solteiro, casado, separado, divorciado, viúvo ou união estável (nesse quesito a igreja sempre orientará os seus membros nos termos do Artigo 17 da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira);
c) Aceitem a disciplina da igreja com bom testemunho público;
d) Aceitem a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira;
e) Aceitem a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática;
f) Sejam batizados biblicamente por imersão.
Você pode acessar o nosso Manual para Preparação de Discípulos
UM ENTENDIMENTO BÍBLICO DA MEMBRESIA DA IGREJA
Ser membro de uma igreja é uma ideia bíblica? Em um sentido, não. Abra o Novo Testamento e ali você não achará uma história de Áquila e Priscila mudando-se para Roma, examinando uma igreja, depois outra e, por fim, decidindo unir-se a uma terceira. Do que podemos dizer, ninguém saía examinando as igrejas, porque havia uma única igreja em cada comunidade. Nesse sentido, você não acha uma lista de membros de igreja no Novo Testamento. Mas parece que as igrejas do Novo Testamento guardavam listas de pessoas, como as listas das viúvas que eram sustentadas pelas igrejas (1Tm 5). Ainda mais importante: algumas passagens do Novo Testamento sugerem que as igrejas tinham realmente alguma maneira de delinear seus membros. Sabiam quem pertencia à sua membresia e quem não pertencia.
Por exemplo, em uma ocasião, um homem da igreja de Corinto estava vivendo em imoralidade que não acontecia “nem mesmo entre os gentios” (1Co 5.1). Paulo escreveu àqueles crentes e lhes exortou que excluíssem tal homem de sua assembleia. Ora, pare e pense sobre isso. Não se pode excluir formalmente alguém, se antes ele não estiver formalmente incluído. Parece que Paulo se referiu a esse mesmo homem na carta posterior dirigida àqueles crentes, ao mencionar “a punição pela maioria” (2Co 2.6). Pare e pense novamente. Você só pode ter “maioria” se existe um grupo definido de pessoas e, neste caso, um grupo definido de membresia. Paulo se preocupava com os que “estavam dentro” e com os que “estavam fora”. Ele se preocupava porque o próprio Senhor Jesus dera às igrejas a autoridade para estabelecerem uma linha — da melhor forma que pudessem — ao redor de si mesmas, para distinguirem-se do mundo. “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18.18; ver também 16.19; Jo 20.23).
Igrejas saudáveis são congregações que refletem crescentemente o caráter de Deus. Por isso, desejamos que nossos registros documentais terrenos se aproximem, tanto quanto possível, dos registros celestiais — aqueles nomes gravados no livro da vida do Cordeiro (Fp 4.3; Ap 21.27). Uma igreja saudável anela receber e admitir pessoas que professem fé, como instruíram os autores do Novo Testamento. Ou seja, ela anela ter um entendimento bíblico da membresia.
Um templo possui tijolos. Um rebanho, ovelhas. Uma vinha, ramos. E um corpo, membros. Em um sentido, ser membro da igreja começa quando Cristo nos salva e nos torna membros de seu corpo. Contudo, essa obra tem de expressar-se em uma igreja local. Nesse sentido, a membresia de igreja começa quando nos comprometemos com um corpo específico. Ser um cristão significa estar unido a uma igreja.
As Escrituras nos instruem a reunir-nos regularmente, para que nos regozijemos em nossa esperança comum e nos estimulemos mutuamente ao amor e às boas obras (Hb 10.23-25). A membresia de igreja não é apenas um formulário que preenchemos. Não é um sentimento. Não é uma demonstração de afeição por um lugar familiar. Não é uma expressão de lealdade ou deslealdade para com os pais. Deve ser o reflexo de um compromisso vivo. Senão é isso, a membresia eclesiástica é indigna. De fato, é pior do que indigna; é perigosa, conforme veremos em seguida. A prática da membresia eclesiástica entre os cristãos ocorre quando eles se ligam uns aos outros em responsabilidade e amor. Por nos identificarmos com uma igreja local específica, estamos dizendo aos pastores da igreja e aos demais membros não somente que nos comprometemos com eles, mas também que nos comprometemos com eles para reunir-nos, orar, contribuir e servir. Estamos lhes dizendo que esperem certas coisas de nós e nos tenham como responsáveis, se não os acompanharmos adequadamente. Unir-se a uma igreja é um ato em que dizemos: “Agora, vocês são responsáveis por mim, e sou responsável por vocês”. (Sim, isso é contrário à nossa cultura; e, ainda mais, é contrário à nossa natureza pecaminosa).
A membresia bíblica implica assumir responsabilidade. Resulta de nossas obrigações delineadas em todas as passagens bíblicas que expressam mutualidade — amar uns aos outros, servir uns aos outros, encorajar uns aos outros, desenvolver um espírito voluntário, chorar com os que choram, mas também se alegrar (e muito) com os que se alegram.
Quanto mais os cristãos valorizam o evangelho, quanto mais entendem a conversão como uma obra de Deus e evangelizam ao ensinarem os “interessados” a considerarem o preço de seguir a Jesus, tanto mais eles crescerão no reconhecimento de suas responsabilidades mútuas; tanto menos considerarão a igreja como um compromisso ao qual você vem como lhe agrada e obtém o que puder ou como mais uma loja em que você pode pesquisar, no mercado ou shopping cristão; e tanto mais eles verão a si mesmos como um corpo em que todas as partes cuidam umas das outras — o lar em que vivem. Infelizmente, não é incomum acharmos uma grande lacuna entre o número de pessoas que integram oficialmente o rol de membros e o número de pessoas que frequentam os cultos regularmente.
Por que é tão perigosa a atitude da não frequentar as reuniões da igreja e esquivar-se das responsabilidades de membresia? Membros que não se envolvem, confundem tanto os verdadeiros membros como os não-cristãos quanto ao que significa ser um cristão. E os membros ativos não trazem qualquer benefício aos membros inativos quando permitem que permaneçam como membros, visto que ser membro é a sanção corporativa da igreja quanto à salvação de uma pessoa. Você assimilou isso? Ao chamar alguém de membro de sua igreja, você está dizendo que ele tem a aprovação de sua igreja quanto ao fato de que é um verdadeiro cristão. Portanto, se uma congregação não tem visto um de seus membros por vários meses, talvez anos, como ela pode testemunhar que ele está correndo com fidelidade a carreira cristã? Se um membro tem estado ausente e não se uniu a outra igreja genuinamente evangélica, como podemos saber se ele era realmente um dos nossos (ver 1Jo 2.19)? Não sabemos necessariamente se pessoas que não se envolvem com a igreja não são cristãs, mas não podemos afirmar que elas são. Não temos de dizer à pessoa: “Sabemos que você está indo para o inferno”. Devemos apenas dizer: “Não podemos mais expressar nossa confiança de que você está indo para o Céu”. Quando uma pessoa está sempre ausente, a sanção da igreja é, no melhor, insensata e, no pior, desonesta. Uma igreja que pratica a disciplina bíblica não exige perfeição de seus membros; requer humildade e honestidade. Não os chama a tomarem decisões triviais, e sim a se envolverem no verdadeiro discipulado. Não despreza a importância das experiências do membro com Deus, mas tampouco fomenta pensamentos exagerados sobre aqueles que ainda são indivíduos imperfeitos. Essa é a razão por que o Novo Testamento apresenta um papel de afirmação corporativa para aqueles que fazem parte da aliança com Deus e uns com os outros. Espero que as estatísticas de membresia das igrejas se tornem mais e mais significativas, de modo que os membros nominais se tornem membros de fato. Isso implica remover, de tempos em tempos, nomes do rol de membros (embora o façamos com pesar). Muitas vezes, isso significa ensinar aos novos membros os propósitos de Deus para a igreja e lembrar, constantemente, aos que já eram membros, o seu compromisso com a vida da igreja. Não expressamos amor às pessoas se lhes permitimos que se tornem membros de nossas igrejas por motivos sentimentais. Nós lhes demonstramos amor ao encorajá-las a unirem-se a outra igreja em que podem amar e ser amadas semanalmente ou mesmo diariamente. Esse compromisso é parte do discipulado saudável, especialmente em nossa época transitória. A redescoberta da prática cuidadosa de uma membresia eclesiástica terá muitos benefícios. Deixará mais evidente aos não-cristãos o testemunho de nossas igrejas. Fará com que seja mais difícil às ovelhas fracas afastarem-se do rebanho e continuarem identificando-se como ovelhas. Contribuirá para que nos concentremos e nos preparemos para atender ao discipulado de cristãos mais maduros. Ajudará os líderes das igrejas a saberem exatamente por quem eles são responsáveis. Em tudo isso, Deus será glorificado. Ore para que o ser membro de igreja tenha mais significado do que tem agora. Assim, poderemos saber melhor por quem devemos orar, a quem encorajar e desafiar na fé. Ser membro de igreja significa estar integrado, de modo prático, ao corpo de Cristo. Significa viajarmos juntos como peregrinos e forasteiros, neste mundo, em direção ao lar celestial. O entendimento bíblico da membresia da igreja é uma marca importante de uma igreja saudável e uma marca relevante de um cristão piedoso.
Adaptado de:
Mark Dever
O que é uma igreja saudável?
(9 Marcas)